A eleição do ano que vem tem sido a bússola de ansiedade de dirigentes partidários afoitos em consolidar grupos políticos e criar mecanismos para colher bons frutos. Por isso, em busca da cláusula de barreira, é importante algumas fusões.
É o caso da expectativa, no caso, de duas legendas que, por ora, estão firmes e fortes com o projeto de reeleição do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos): PTB e Patriota. A fusão entre ambas as legendas vem se estendendo desde o fim de outubro de 2022.
À época o novo nome espirrou do propósito: o partido Mais Brasil (ou PRD). Por enquanto, as legendas continuam existindo, sobrevivendo, e fazendo jogos individuais – ou nem tanto assim.
“Nossa expectativa é que ela logre o mais rápido possível e que ocorra em outubro, no segundo semestre”, disse o presidente estadual do PTB ao jornal O Hoje na noite de ontem (5), antes de ele entrar em uma reunião.
Desde o começo do ano, a junção aguarda pela homologação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ainda em janeiro, o presidente do Patriota, Jorcelino Braga, informou que o processo estava praticamente finalizado. O estatuto está pronto e o Mais Brasil, resultado da união, já foi registrado em cartório.
Com CNPJ já definido na receita, só resta a homologação do TSE, que deveria ocorrer após o recesso, que terminou no começo de fevereiro. Foi o que ele disse naquele momento.
É preciso dizer, Jorcelino, sem a definição da criação do Mais Brasil, foi reconduzido à presidência do Patriota. Em entrevista ao repórter Francisco Costa em agosto, Braga explicou: “a recondução do meu nome à presidência se deu por motivos administrativos. Sem renovação, o partido não pode movimentar a conta bancária, e tem despesas, folha de pagamento, etc.”
Na ocasião, ele também estava otimista quanto ao prazo para a fusão, que deve, evidentemente, favorecer, e muito, aos político-partidários de ambas as siglas.
Vale citar que em meados de julho, o PTB trocou o presidente em Goiás. Eduardo Macedo deixou a liderança da sigla e foi substituído pelo advogado Marco Antônio Lopes Flor. Macedo chegou a dizer que a fusão não ocorreria. Segundo ele, o TSE encontrou equívocos na ação de união dos partidos. Marco Antônio nega.
“Estamos aguardando a homologação para esse semestre. Acreditamos que antes de outubro deva sair. Não tem nenhum equívoco.” Ele completa: “Os dois partidos fizeram as convenções, uma em conjunto, saiu a ata com a executiva nacional, que foi ao TSE e já foi gerado CNPJ. Está com a ministra Carmen Lúcia, que é a relatora.”
Além disso, Marco reforça que os partidos já atuam em conjunto no Estado, com vistas a 2024. Ele revela ser “muito amigo” do presidente do Patriota, Jorcelino Braga. “Ele, inclusive, abonou meu nome. Na verdade, um dos principais motivos que assumi foi para organizar a prestação de contas.”
Número
O Mais Brasil, que também pode se chamar PRD, utilizará nas urnas o número 25, que pertenceu ao DEM. Vale lembrar, o DEM se fundiu ao PSL, que utilizava o número 17, em fevereiro de 2022. A junção se tornou o União Brasil, partido do governador Ronaldo Caiado e que tem nas urnas os dígitos 44.
Patriota e PTB também abandonarão seus números. Eles utilizam, respectivamente, o 54 e o 14. Segundo Jorcelino, a escolha não teve nenhuma razão específica. “O número foi escolhido por sugestão da maioria dos convencionais do partido. Nada específico”, declarou.
Por Francisco Costa e Yago Sales
Fonte:https://ohoje.com/
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