Mesmo com a declaração de emergência zoosanitária no estado, Goiás ainda não possui nenhum registro de gripe aviária
A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) divulgou o Decreto nº 10.297 que estabelece a situação de emergência zoossanitária em Goiás, visando mitigar o risco da gripe aviária no estado. Em maio deste ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já havia declarado estado de emergência em todo o país.
O decreto estadual terá validade de 180 dias a partir da data de sua publicação. Seu objetivo principal é possibilitar que o estado adote e intensifique medidas de conscientização, prevenção, monitoramento e combate à gripe aviária em território goiano.
Até o momento, Goiás não registrou casos de influenza aviária, mas o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, defende que decretar estado de emergência nesse momento é importante para o contingenciamento de algum foco que possa surgir no estado.
“Depois do surgimento dos dois primeiros casos em criatório de subsistência em Santa Catarina e também no Espírito Santo, nós por precaução prevenindo a entrada do vírus em Goiás também resolvemos decretar. Isso traz para nós uma maior autonomia na mobilização de recursos no caso de uma emergência de contingenciamento, de algum foco que por acaso possa surgir dentro do território goiano” explicou.
A medida provisória (MPV) 1.177/2023, publicada pela União, abre crédito extraordinário de R$200 milhões no Orçamento de 2023 para o combate à gripe aviária. O recurso será usado no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.
Em Goiás, o governo estadual aportou recursos na Agrodefesa para permitir a execução de ações de prevenção e de conscientização sobre a Influenza Aviária. A verba federal permitirá ampliar as medidas adotadas.
O presidente ainda afirma que o estado é rota migratória de diversas aves, por isso a importância dos cuidados com a doença.
“O risco ele existe mesmo porque alguns estados litorâneos já foram detectados vários casos e Goiás também é rota migratória de algumas aves de espécies migratórias. Então principalmente ali sobre o Araguaia nós temos uma rota de aves migratórias. Mas nesse sentido nós estamos adotando, reforçando todas as medidas de biosseguridade — e as nossas granjas comerciais que há mais de uma década já vêm se preparando. Então a nossa agricultura ela já tem uma certa maturidade sanitária já no sentido de prevenir a entrada desse vírus dentro dos nossos criatórios comerciais”, afirmou Ramos.
A gripe aviária é uma doença causada por vírus, que pode ser transmitida pelo ar, água, alimentos e materiais contaminados, bem como pelo contato com aves doentes e o acesso de pessoas alheias às criações comerciais.
Apesar do surgimentos de alguns casos em outros estados, o presidente da Agrodefesa tranquiliza a população.
“A população pode ficar tranquila em relação ao consumo de carne de frango ou de ovos, porque o estado de Goiás, os nossos plantéis comerciais estão livre do vírus — então não existe qualquer risco para o consumo dos produtos oriundos da avicultura”, concluiu.
Além disso, ele revela que Goiás já tem adotado medidas para evitar a chegada da Influenza Aviária no estado. No dia 2 de junho deste ano, entrou em vigor a Portaria nº 209, da Agrodefesa, que estabeleceu a suspensão da criação de aves ao ar livre, sem as contenções, por telas com dimensões adequadas.
Fonte: Brasil 61
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