Pesquisa Indicadores da Indústria aponta crescimento de 1,0% após queda de 0,5% registrada em outubro
A pesquisa não sugere novos impulsos da indústria de transformação devido a pequena variação, de 0,1%, da capacidade instalada, horas trabalhadas e acomodação em relação ao mês anterior. No entanto, houve espaço e uma relativa estabilidade de preços para o avanço dos indicadores financeiros, como faturamento, massa salarial e rendimento médio do trabalhador. Na comparação com novembro de 2021, o crescimento é de 1,3%. Para o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, os números são positivos.
“Em resumo, a gente vê um quadro que mostra falta de certos impulsos para continuar a atividade crescendo mais, mas, por outro lado, as variáveis ligadas ao rendimento do trabalhador e ao rendimento da própria indústria seguem bastante positivos”, destaca.
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A indústria responde por 23,6% do Produto Interno Bruto (PIB) e emprega cerca de 10,3 milhões de trabalhadores, além de pagar os melhores salários. Apesar disso, o conselheiro do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Carlos Eduardo de Oliveira Jr, acredita que o Brasil não tem acompanhado o processo evolutivo industrial, o que leva a indústria brasileira a sofrer com a concorrência internacional.
“A indústria é um tema bastante relevante para a nossa economia e ela vem sofrendo muito nos últimos anos, devido, principalmente à concorrência, com produtos importados de outros países, de outras nações, outras localidades. E também há uma obsolescência da nossa indústria. Aí não estamos conseguindo acompanhar esse processo de evolução. Por isso que ela tem sofrido uma queda de forma gradativa na nossa economia”, pontua.
A pesquisa Indicadores Industriais tem como objetivo retratar o cenário industrial em determinado período, que engloba emprego, faturamento, horas trabalhadas, massa salarial e rendimento médio real. O estudo serve como base para outras análises da CNI, como o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI).
Fonte: Brasil 61
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